segunda-feira, 31 de outubro de 2011

INTUIÇÃO


INTUIÇÃO


Intuição: ato de ver; percepção clara, reta, imediata, de verdades, sem necessidade da intervenção do raciocínio; pressentimento.

Dissecando a palavra pressentimento temos o pré-sentimento, ou seja, um sentir antecipado. Não se usa um pré-raciocínio e nem o pré-mentalização para traduzir a intuição, portanto, concluímos que o veículo da intuição é o sentimento.

A criatura intuitiva nunca diz que está "pensando" em algo que vai acontecer e teme, diz sim: "estar sentindo "que algo irá ocorrer", por isso teme. Ou, diz-se que certa pessoa passa uma imagem que "sentimos" que não é verdadeira. Tudo são exemplos de como se processa uma intuição que nada tem em comum com a mente.

As mulheres por utilizarem mais os sentimentos do que o intelecto estão mais abertas para a captação das mensagens intuitivas do que os homens. Isso não generaliza, há homens também extremamente sensíveis que possuem o dom da intuição em alto grau, tudo depende do esforço de cada um para ampliar o sentir.
Certas pessoas que embora tenham o dom intuitivo nem sempre poderá afirmar que tudo que sente seja algo que irá ocorrer; pode sim, que seja um sentimento interno que a faça querer que algo aconteça. Por isso é importante estudar seus sentimentos para saber identificar e diferenciar a mensagem que pode ser mais anímica do que intuitiva.

O crescimento da ciência e tecnologia fez o homem se tornar mais racional do que sentimental; não o sentimental piegas, mas o ser amoroso por excelência.
Para evoluirmos é necessário possuir consciência plena do que somos e do que sentimos. Só a clareza mental não é suficiente é necessário possuir o domínio dos sentimentos.

Copio em seguida, uma frase da Revista Veja de janeiro de 1997:“Empresas e escolas aderem à tese de que o sucesso depende mais dos sentimentos do que do Q.I.”.

É a chamada Inteligência Emocional. Um homem poderá possuir cabedais de conhecimentos numa área se não tiver um equilíbrio e domínio em suas emoções poderá fracassar em qualquer atividade humana. O artigo se resume em indicar aos educadores o equilíbrio entre a mente e o coração; ambos atuam em conjunto.
Voltando ao assunto intuição está comprovado que a criatura mais intuitiva é aquela que buscou conhecer o seu sentir. Não se domina o que não se conhece.
Um ser muito racional possui fraca intuição.

O ser equilibrado nos sentimentos é o que se dá bem nos relacionamentos amorosos, no trabalho, lar e escola. Não os que são sensações em festas e reuniões, mas, os que não entram em conflito com ninguém. É o que chamamos de criatura pacífica, a que dominou a si própria. Domou suas reações emocionais negativas.

COMO IDENTIFICAR NOSSOS SENTIMENTOS

Auto-análise

Observar o que os outros falam de nós, não tanto os elogios, mas as críticas. Os outros observam melhor o que somos.
Quando estamos sentindo que algo está nos incomodando por dentro, parar e buscar a causa da perturbação, não deixando este sentimento persistir e nem culpemos o "lado de fora" por este incômodo. A causa está em nós e não nos outros.
Desde que os nossos sentimentos são propriedades nossa só nós podemos modificá-los. Quando sentimos que alguém tenta nos ofender só iremos, realmente, nos sentir ofendidos se deixarmos. Ninguém "entra em nós” e mexe em nossos sentimentos. Somos donos e responsáveis do que sentimos e não os outros.

Não podemos mudar as criaturas que nos perturbam, mas podemos nos educar para não nos sentirmos incomodados por elas.
Ao notarmos uma criatura superior em inteligência, beleza, sucesso ou riquezas, observemos o que sentimos em relação a elas. Se for admiração é positivo, mas se for algo que não confessamos nem a nós mesmos como a inveja, então é sinal para mudarmos.
Quando sentirmos uma paz imensa e um amor pleno por todas as criaturas é quando nos aproximamos de Deus.
Ampliar estes sentimentos é a maior tarefa da vida.


"Deus é Amor" e se somos deuses temos que ser Amor para receber suas mensagens por via da intuição.


Miryã Kali/ MLucia

(trecho extraído de: "A Mente e os Sentimentos do Homem")

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

TUDO QUE EXISTE, EXISTE.



                                          TUDO QUE EXISTE, EXISTE



 Não se dá nome para algo inexistente. Tudo que tem nome existe.


Dragão, fada, monstro, amigo imaginário, viagem astral, disco voadores, reencarnação, espírito, Deus...
 
Os chamados frutos da imaginação são coisas lembradas e realmente vistas em algum lugar, nesta ou em outras dimensões. O que o homem cria na matéria é extraído do seu conteúdo ilimitado que chamamos de inconsciente.
 
 
Quase toda criação humana vem deste arquivo, pois não se extrai coisa alguma do nada porque nada não existe.
Existe vida dentro e fora da matéria, existe vida após a morte.
Existem seres invisíveis nos influenciando e dando idéias.
Toda criação vem do inconsciente do homem, do plano espiritual, de outras dimensões.
 
 
Psiquiatras e psicólogos com os conhecimentos acima são os que obtém êxito no trabalho de garimpo dos problemas mentais de seus pacientes. Porque não se prendem à vida presente e a uma única esfera de ação como a material.
 
A criança que tem um amigo imaginário está realmente vendo uma entidade verdadeira só que invisível para os demais.
 
O doente que está morrendo e passa a falar ou, como dizem, delirar , está vendo espíritos de amigos e parentes que vieram buscá-lo.
 
Os bêbados e drogados quando passam a vociferar com o ar, falando sozinhos no seu delirium tremens, não estão falando com seres inexistentes, mas sim, com criaturas do plano espiritual inferior que foram atraídas pelos seus vícios.

 
O doente psiquiátrico profundo que se imagina um grande personagem da história ou mostra personalidade diferente da que se apresenta comumente; não está representando um papel que a mente criou, está relembrando o que vivenciou em vidas passadas que, por alguma razão, continua a reviver. Não são frutos da imaginação e sim, fruto de uma vivência não equilibrada que continua a existir em sua mente.
 
A mulher ou o marido que persegue o cônjuge com ciúmes além do normal que em muitos casos são infundados, estão se respaldando nas lembranças inconscientes das traições sofridas em vidas pretéritas.
 
Uma idéia semelhante que surge em vários pontos do planeta veio de uma mesma fonte existente no plano extra-físico.
 
O homem nada inventa, só descobre e lembra.
Tudo é real.
As provas estão nas manifestações.
 
 
O que não existe não aparece de forma alguma em nenhum lugar, nem na imaginação. E não tem nome.
 
 
Em tudo que achamos fantasioso e absurdo sempre existe algo verdadeiro que lhe deu origem.
Tudo que é imaginado tem fundo de verdade.
 
"A imaginação é mais poderosa que o conhecimento", disse Albert Einstein porque sabia que a imaginação vara os limite da vida física e ultrapassa as dimensões.
 
 
                                                         Miryã Kali/ MLucia



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Recomendações para Palestrantes e Expositores


Recomendações para Palestrantes e Expositores


A Doutrina Espírita é maravilhosa e perfeita para ensinar e orientar a humanidade no estágio que ela se encontra.
Nada temos que possamos melhorar ou modificá-la, apenas notamos em palestras e exposição onde os assistidos no centro ouvem enquanto esperam a chamada para os passes, que os temas expostos são na sua maioria muito teóricos e de fácil esquecimento.
Sabemos da importância das palestras dadas antes dos passes porque os assistidos mais precisam de esclarecimentos, orientações para melhorar seus passos na vida e, principalmente, induzir à modificação dos pensamentos do que dos passes.

É comum o palestrante ou expositor dizer aos ouvintes que é necessário perdoar, amar, ter bons pensamentos, fazer a caridade etc. Mas o que percebemos, olhando a platéia, é que a maioria das pessoas, ou dormem, ou se sentem enfastiadas com tantas recomendações teóricas que a mente não fixa. Saem um pouco melhorados, mas logo esquecem o que ouviram. Por quê?

Notamos que falta nas falas o que chamamos de indução à prática. Se servir de comparação, seria como uma mulher dando uma lista de ingredientes de um bolo sem explicar como se faz o bolo. Toda receita tem a lista de componentes e o “modo de fazer”. Falta a nossa doutrina mensagens e aulas de “como fazer” tudo aquilo que recebemos em forma de mensagens do plano espiritual. As mensagens são maravilhosas, mas poucos conseguem colocar na sua vivência do dia-a-dia por falta de entendimento da prática.

As mensagens usam temas puramente abstratos, isto é, existente só nos domínios das idéias sem se estender no uso diário.

Para facilitar a compreensão, passarei a usar só o termo “palestra” para definir tudo que é falado ao público num centro espírita. Seja aula, preleção, exposição ou mesmo palestra.

Ao se falar do Perdão:
PERDÃO:


-Perdoar é esquecer.
-Perdoar é dar novas chances para o outro, mesmo correndo o risco de novas quedas.
-Lembrar na prática do perdão que a capacidade de errar do outro é a mesma que temos.
-O perdão não é só aos inimigos, mas principalmente aos amigos, parentes próximos ou distantes, pois é mais difícil de perdoar àqueles que amamos do que a um estranho que nos prejudicou.
-Lembrar que são comuns pequenas vinganças entre parentes e amigos e que isto pode ser computado como falta de perdão. Um exemplo: “aquela amiga não me procura, não telefona e nem manda e-mail, então eu também não vou procurar”. Não me convidaram para a festa ou reunião, eu também não vou convidar quando eu der uma festa. Parece tudo coisa banal, mas é dificuldade de perdoar. Lembrar que é nas pequenas coisas que praticamos para as grandes.
Ao se falar sobre a caridade:
CARIDADE:


Tema muito falado e recomendado nas palestras, mas que os leigos entendem apenas como esmola. Explicar que para a caridade há várias formas de praticar, seja mesmo com dinheiro, roupas e calçados usados.
Darei uma pequena lista de sugestões para a prática da caridade:
-Caridade da fala. Induzir os ouvintes a falar sem magoar ou ferir ninguém. A palavra pode machucar tanto quanto uma arma.
-Caridade do pensamento, não pensar mal de ninguém.
-Viu alguém fazer algo errado, não comente e nem pense mal.
-Ouviu um comentário maldoso, não passe adiante.
-Estando acompanhado de pessoa chata, maçante ou irritada, use a caridade da paciência explicando que pessoas assim são quase sempre infelizes consigo mesma ou com o mundo.
-Não ria de uma situação cômica de alguém que caiu, ou falou ou fez algo impróprio sem perceber. Ponha-se no lugar dela.
-Respeitar o livre arbítrio do próximo, mesmo se ele estiver fazendo algo prejudicial a si mesmo. Dar conselho e calar se não foi aceito, é a maior recomendação.
-Tem conhecimentos de coisas úteis, repasse, não guarde para si.
-Fazer alguém triste sorrir e ter esperança.
-Visitar um doente. Fazer companhia a um solitário.
-Usar o dom artístico, profissional e intelectual para ajudar pessoas ou entidades assistenciais.
-Contar histórias para as crianças carentes ou doentes. Também são válidas, as brincadeiras.

À medida que vamos citando cada item da lista acima, os ouvintes começarão a fazer projetos mentais para a prática de algo que ouviu e que o marcou. Por exemplo: quando falamos para termos paciência com uma pessoa irritadiça ou maçante, já projetam na mente a figura de um parente, patrão ou amigo com estas características e procurarão modificar seus sentimentos em relação a elas.
É diferente dizer: faça a caridade. Do que explicar: como fazer a caridade. As maiorias das palestras são pouco objetivas, por isto poucos se modificam ao ouvi-las.


Note a diferença das frases:
1-“Jesus pregou a caridade.”
2-“Ao ouvir falar mal de alguém, não vamos passar adiante a maldade relatada, mas fazer a caridade do silêncio como pregou Jesus.”


A diferença das duas frases é que a primeira é teórica, genérica e vaga e a segunda é objetiva, explicativa e marca na memória. Pois ao exemplificar um ato é comum o ouvinte se lembrar de algo assim que lhe aconteceu e avaliará sua atitude de acordo com o que foi exposto pelo preletor. O uso de estórias é sempre muito apreciado pelos assistidos.


Evitar o quanto for possível o uso de palavras abstratas como: caridade, fraternidade, paciência, reforma íntima, humildade, orgulho, vaidade sem a devida exemplificação.


Sabemos que temos que fazer a "reforma íntima", mas o que a maioria pensa é sempre igual: "tenho que deixar de ser orgulhoso, ou egoísta, ou vaidoso", mas poucos sabem como "tirar" estas falhas morais. Por isto é necessário dar uma pequena amostra de como podemos extrair defeitos para ganhar valores morai assim a exposição será mais proveitosa e de fácil memorização.
É importante também a forma de como é exposto o tema. A expressão facial do palestrante, a colocação dos sentimentos nas palavras não pode ser esquecida. É comum ouvirmos o expositor falar como se fosse uma máquina de gravação, apenas repetindo frases que decorou ou o que está escrito no papel que trás à mão. Isto desmotiva os ouvintes a se fixarem no tema o mais comum é fazer a platéia dormir ou olharem para o relógio aguardando com impaciência o tempo de sair da sala.
Cuidar para que o expositor (a) não exponham o tema como acusação aos ouvintes para não lembrar as pregações de cátedras tão comuns antigamente. Expor um tema não é o mesmo que dar bronca para um grupo de colegiais. Evitando mais do que tudo a expressão facial de superioridade aos demais. Longe estamos de praticar tudo que falamos.

O mesmo sistema de “aula prática” exemplificado acima pode ser usado com qualquer tema em pauta no centro, inclusive para as mensagens escritas.
Falar sobre o Evangelho, sobre a Doutrina Espírita mostrando os ensinamentos que o plano espiritual trouxe para o engrandecimento e felicidade da humanidade é uma tarefa de grande valor que merece ser bem executada

Miryã Kali/MLucia

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A RELIGIÃO DE NOSSOS FILHOS



Muito comum hoje, a movimentação em favor da "não religião" na Internet e fora dela.
O pensamento constante é o de não darmos religião aos filhos, respeitando a liberdade de escolha dos mesmos; o que em parte, não deixamos de louvar no que tange ao respeito da livre escolha.

Há neste aspecto certa semelhança com o de não enviarmos os filhos para as escolas comuns para deixá-los analfabetos até a idade adulta, assim eles poderão escolher o colégio de suas preferências.
Sabemos bem que a humanidade ainda não atingiu o nível superior de evolução. Somos ainda alunos das leis morais impressas em nosso interior.

Os pais modernos ampliaram os conhecimentos dos filhos dando-lhes desde pequenos, estudos de língua estrangeiras, esportes como natação, judô, tênis; artes como pintura, música, ballet etc. Dão-lhes ajuda psicológica, correção dentária, visuais e auditivas desde o nascimento. Mas estão tendo um esquecimento total ou parcial da educação espiritual que é o motivo primordial da vida.

As criaturas que possuem um nível intelectual mais avançado dizem que isso é para evitar que eles se tornem futuro fanático, dizendo que grandes males as religiões trouxeram ao mundo; esquecendo que o fascismo, comunismo, nazismo, que não foram movimentos religiosos e sim o oposto, também cometeram barbáries iguais ou maiores que as ditas religiões tradicionais. Disso poucos se lembram.

Os que observam os filhos frequentando religiões contrárias aos da família não deveriam se preocupar com o que eles poderão vir a ser. O que mais poderão fazer é dar-lhes liberdade para que conheçam o aspecto espiritual de suas escolhas, que nem sempre é a definitiva.

Podemos ter certeza que sob o teto de alguma religião estarão mais protegidos contra os males atuais: droga, sexo sem freios, violência e depressão.

O papel fundamental dos genitores não é tanto dar a vida física aos filhos, mas auxiliá-los a se religarem com o Criador. Lembrando que existem leis que todos têm o dever de conhecer, leis que regem o Universo e que são ensinadas pelas linhas religiosas e não nas escolas.

Muitos se dizem universalistas que já absorveram tudo que há de melhor nas religiões e que agora não precisam mais de muletas.
Muleta é um objeto que se usa em fraturas, deficiências e doenças.
A religião é vacina e não objeto de amparo as fraquezas.

O verdadeiro universalista abarca todas as linhas espirituais porque absorveu-as pelo coração e não pelo intelecto. O verdadeiro nunca se diz ser, assim como o realmente humilde em tempo algum  se proclama humilde.


"A religião é um freio no galope das paixões."  (Emmanuel)


Este é o verdadeiro motivo de muitos evitarem as formações religiosas; não querem obstáculos para os desregramentos. Sem perceberem, escolhem ser escravos e não senhores de si mesmos.
A liberação total das paixões e também a ignorância das leis morais são responsáveis pelos caos atual. A necessidade de aprender o que a maioria das linhas espirituais ensinam é de extrema importância para a evolução do homem, assim como a criança carece da escola primária para obter bases intelectuais.

A religião seja ela qual for e de qual recanto planetário venha, ocidente ou oriente, é a escola do caráter humano; é a única que educa o espírito.

O nível espiritual da humanidade pede urgência destes ensinamentos:


-Amor ao próximo como a si mesmo
-Perdão aos inimigos
-Não jugar
-Desprendimento dos bens materiais e desapego afetivo
-Desejar para os outros o que queremos para nós
-Auto-controle sobre as emoções e paixões
-Conhecer-se a si mesmo
-Harmonizar com a humanidade e a natureza
-Sintonia com o Amor Supremo.


Fiquem na paz e no amor.

                                                    Mitera/MLucia