quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

GEOMETRIA



GEOMETRIA



         Nossa vida na terra e no astral não pode ser definida pela geometria,
nem pela matemática e, menos, pela gramática de qualquer país.
São eles instrumentos para serem usados na matéria, facilitando a
vivência no planeta. Não possuem tanta importância no estudo da alma
humana em seu crescimento para a eternidade.

A natureza não usou fita métrica, nem usou esquadro ou régua trian-
gular para traçar suas construções na crosta terrestre; tampouco usou
a gramática para erguer o homem.



       
Utilizou os materiais do espírito: com a Sabedoria traçou as formas e
com o Amor, construiu o ser humano.
O traço em linhas retas e formas concordantes é obra puramente humana
para melhor entender o invisível na dimensão visível, mas não é
instrumento do Todo.

Os pequenos usam réguas.
Os grandes, a mão livre.

Há visão mais formosa do que uma bela e natural rosa?
Em quantas linhas retas ou círculos perfeitos são feitas suas pétalas?

Qual o ângulo das nuvens?
E do pôr do sol?

Que se apresenta tão belo no horizonte do oceano quanto nas
linhas onduladas das montanhas...
Qual a sua medida?

Que forma tem o amor?
Quadrado?
Retângulo?
Um círculo no vácuo?

Qual a sua formação gramatical?

Ao estudarmos o ser espiritual, que todos somos, usemos apenas
um símbolo:

O do coração!

O Fiat Lux não foi palavra falada com composição gramatical do
latim.
Foi expressão muda e sábia nascida no imo do Amor Que Tudo
Ama, para construir o Educandário Terra.

Havemos de desmaterializar o estudo do espírito, se quisermos
que o espírito se desmaterialize.


                                                        Miryã Kali/MLucia

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ESTRADA DE DAMASCO





ESTRADA DE DAMASCO


Todos que passaram por uma experiência espiritual, seja através de sonhos, visões, revelações onde aparecem criaturas de grande elevação, um mestre superior, um local fora do comum ou mesmo sensações que os acompanham por uns tempos. Visões, revelações que nos induz a pensar que somos escolhidos pelos seres que guiam a humanidade, como sendo um deles...


Paulo, o apóstolo, citado como um grande exemplo cristão, seguindo pela estrada de Damasco viu um clarão e ouviu a voz do Mestre da Cristandade provocando em sua vida uma mudança total de rumo.
O chamado do Mestre Jesus não foi um prêmio ou privilégio de Paulo que, até aquele momento, só havia feito o contrário do que Jesus pregava aos seus seguidores. A convocação foi apenas o início de uma grande e dolorosa missão.


Os momentos místicos poderão ser considerados uma "Estrada de Damasco" em nossa vida. Quanto maior os dons recebidos ou as visões maravilhosas que nos se apresentam, maiores responsabilidades nos serão cobradas.
Ver ou ouvir uma entidade superior, visões extra físicas, desdobramentos, revelações, tudo nos traz a perigosa sensação de sermos criaturas já evoluídas em comparação ao resto da humanidade. Nem mesmo os profundos conhecimentos que
adquirimos são passaportes para a evolução espiritual.
Somente quando a nossa sabedoria vier com um amor profundo por tudo que existe é que nos graduaremos.


Sabemos que muitos serão chamados, mas poucos serão os escolhidos.
Paulo, o apóstolo, não se imobilizou ao receber este chamamento, passou a viver em função de uma grande tarefa espiritual. Missão que lhe rendeu muitos sacrifícios, perdendo todas suas regalias nos templos judaicos, perdeu as riquezas materiais e amigos, sofreu perseguições, foi açoitado, apedrejado inúmeras vezes e preso em várias cidades onde percorreu levando os ensinamentos de Cristo.
Viveu na pobreza com o fruto do seu tear.


Só após a morte é que Paulo foi considerado vitorioso e um verdadeiro escolhido por ter completado sua tarefa de disseminação evangélica. Não só pregou como exemplificou. Não só mudou os homens como mudou a si mesmo. Não esperou recompensas nesta vida.
Muitos de nós tivemos o grande chamamento, mas não podemos hesitar, nem perder precioso tempo na contemplação dos resultados de nossos pequenos esforços; na lamentação da falta de reconhecimento dos outros ou dos sacrifícios conseqüentes deste trabalho.


O chamado não é o coroamento de uma vida, é o início.
Aprovação só virá após cumprirmos nossa tarefa.
Escolhidos seremos depois de vencer.
Não o mundo, mas a nós mesmos.


Miryã Kali/MLucia